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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Décadas de 90 a 2000: A GERAÇÃO Z (de zapear, do telefone ao computador, e para a TV, e por aí vai)

Bom dia caros leitores.... fazendo uma releitura do que eu vi e vivi nas décadas de 90 e 2000 adiante, perceberá que no decorrer do texto, em um lapso temporal de médio prazo, muitas coisas ocorreram dentro de nossa conjuntura, deste modo, sintetizar-se-á algumas delas abaixo demonstrando como alguns paradigmas foram quebrados nessa etariedade....  


Lá vamos nós!


O presidente Fernando Collor de Mello

Política: A década foi marcada pela chegada da democracia e da globalização. Em 1990, numa tentativa de controlar o petróleo do Kuwait, o Iraque invade o país e é rechaçado por várias nações do mundo inteiro, no que ficou conhecido como a Guerra do Golfo, um dos maiores massacres da história. Em Ruanda, dois grupos étnicos (hutus e tutsis) entram em confronto. No Brasil, Fernando Collor de Mello implanta o Plano Brasil Novo, que visava a liberação fiscal e financeira, com o intuito de estabilizar a inflação. Em 1992, jovens saem às ruas com as caras pintadas com as cores da bandeira pedindo o impeachment do presidente - o que se realiza. Fernando Henrique Cardoso, eleito em 1995, privatiza as principais rodovias, bancos e o sistema de telefonia do país. Como resultado da privatização das telecomunicações, o país vive o boom da informática e da telefonia celular.

Comida e bebida: Alimentos geneticamente modificados (transgênicos) são alvos de críticas por parte de cientistas do mundo todo. É a época da chamada 'geração saúde', que prioriza a alimentação saudável e exercícios físicos e diz não às drogas e bebidas alcoólicas.

Drogas: Talvez a mais marcante tenha sido a pílula da felicidade, o Prozac. Embora a campanha 'Drogas, nem morto' tenha conquistado muitos adeptos, o consumo de tóxicos continua alto. As principais são maconha, cocaína, crack e heroína. A cultura 'trance', trazida com o boom da música eletrônica, também fez crescer o consumo de ecstasy.

Sexo: Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, é a primeira figura mundialmente conhecida a morrer de Aids. Muitas celebridades gays e lésbicas 'saem do armário', como Elton John, Ellen DeGeneres e George Michael.

Moda: O corpo nunca esteve tão em evidência. Tatuagens e piercings fazem a cabeça dos jovens. Seguindo o estilo grunge, muitos adotam o visual com cabelos compridos e desarrumados, camisas de flanela e jeans rasgados. Com o número crescente de modelos magérrimas, cresce a preferência por esse tipo físico e aumentam os casos de distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia.

Frases: 'Fora Collor', slogan dos caras-pintadas; 'Legalize já', do Planet Hemp.

Música: O rock volta com o estilo grunge e letras que falam da alienação social, apatia e desejo de liberdade, marcado por bandas como Nirvana e Pearl Jam. As músicas eletrônicas dão origem a uma nova contracultura. O rap é difundido na cultura popular por rappers como Vanilla Ice, Puff Daddy e Eminem. No Brasil, Gabriel O Pensador faz críticas à sociedade, enquanto o Planet Hemp faz apologia à maconha. Com a chegada das Spice Girls, é criado o termo 'girl power', usado para defender a igualdade entre os sexos e o poder feminino. Nos Estados Unidos, é criado o selo Parental Advisory, que censura letras tidas como obscenas. Em 1993, Michael Jackson é acusado de pedofilia.

Gírias: 'A casa caiu', bala (ecstasy), biba, boiola, cachorra, 'chutar o balde', deletar, pegação, soltar a franga.

Ídolos: Kurt Cobain, Nelson Mandela, Cecília Lotufo (a musa das diretas já), Arnold Schwarzenegger, Van Damme.

Lei: Em 1993, após a renúncia de Collor, o vice-presidente Itamar Franco assume e realiza um plebiscito para decidir o sistema de governo do país, que se mantém republicano e presidencialista.

A ovelha Dolly
Ciência: Surge a cultura ambientalista, a reciclagem; os materiais biodegradáveis se tornam populares e a preocupação por parte das autoridades aumenta. Durante uma conferência da ONU no Rio de Janeiro para o meio ambiente, que ficou conhecida como Rio-92, é proposta a Agenda 21, que tem como base um novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. No mesmo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixa de considerar a homossexualidade como doença. A década também foi marcada por experimentos genéticos, como a clonagem da ovelha Dolly, a primeira tentativa de clonagem com embriões humanos e o início do Projeto Genoma Humano, que tem como objetivo mapear todos os genes da espécie humana. Em 1993, é realizada uma convenção em Paris para proibir as armas químicas.

Anos 2000 - A GERAÇÃO DO NOVO MILÊNIO



Michelle Bachelet: esquerda no poder em vários países da América Latina.

Política: A política e a economia mundial se abalam após os ataques ao World Trade Center, nos Estados Unidos, em 2001. Na América Latina, políticos de esquerda, como Lula, no Brasil, Evo Morales, na Bolívia, e Michelle Bachelet, no Chile, chegam ao poder. Em 2008, o mundo vive uma forte crise econômica, com risco de recessão.

Comida e bebida: Cresce o número de adeptos à alimentação saudável e natural. Aumenta o número de crianças obesas.

Drogas: As drogas mais consumidas ainda são maconha, cocaína, ecstasy e crack, entre outras.

Sexo: Foi uma década bastante liberal quanto à orientação sexual. Novelas, filmes e quase todo tipo de entretenimento fazem referência ao sexo.

Moda: Marcada pela diversidade, com releituras de várias décadas e estilos. A evolução tecnológica permite uma comunicação cada vez mais intensa entre pessoas a qualquer distância.

Frases: 'Relaxa e goza', Marta Suplicy.

Música: O ressurgimento do indie rock mudou o comportamento dos jovens, inclusive o estilo de balada, em substituição às de eletrônica, que foram populares na década de 90. Também predominaram gêneros como funk, rap e pop.

Gírias: 'Abafar o caso', 'acabar em pizza', afe, babado, bala (legal), emo, meu, mano, mina, modinha, queima-filme, sussa, tosco, trampo, uó.

Ídolos: Angelina Jolie, Bono Vox (U2), Madonna, Big Brothers.
        
Celebridades ativistas: a atriz Angelina Jolie e Bono Vox, vocalista da banda U2.

Lei: Em 2003, entra em vigor o novo Código Civil Brasileiro, que oficializa a igualdade entre os sexos e acaba com o direito do homem de mover ação para anular o casamento caso descubra que a mulher não é virgem. Em 2000, o governo brasileiro proíbe a veiculação de propagandas de cigarro. Em 2005, ocorre o referendo do desarmamento, que decide por não autorizar a venda de armas de fogo a civis. O fumo é proibido em locais públicos fechados em vários países, entre eles Brasil, Espanha, França, Portugal e alguns estados dos Estados Unidos. Em 2008, o governo brasileiro proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas estradas e implanta a Lei Seca de trânsito, que altera o limite legal de álcool no sangue para o equivalente a um chope.


Ciência: O projeto genoma humano é concluído. Pesquisas com células-tronco são apoiadas por vários países e o Brasil ratifica sua participação na pesquisa, autorizando estudos em embriões inviáveis ou congelados há mais de três anos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A arte de fumar: Regras de etiqueta



Como tudo mais na sociedade, fumar exige sua etiqueta, principalmente nesses tempos de perseguição, em que qualquer vacilo é desculpa para alguém vir encher o saco por você estar fumando. Fumantes devem saber seus limites e serem respeitosos com quem está em volta. Afinal, somos minoria, e embora haja muita gente tolerante com fumantes, há também os ativistas radicais. É preciso saber lidar com eles, e contra-atacar de forma pacífica e calma.

Regras básicas
- Siga as regras e as leis. Há lugares em que não é permitido fumar, e ponto final.
- Se houver crianças por perto, fume longe delas, ou pelo menos juntamente a um grupo de adultos. Isso reforçará a idéia de que fumar não é coisa para criança.
- Sempre pergunte se há um local para fumantes no lugar onde você estiver.
- Se alguém perto de você estiver doente ou tiver algum problema respiratório, como asma ou bronquite, não fume perto dessa pessoa.
- Se estiver fumando ao ar livre, tente se manter do lado oposto ao vento -- isto é, de forma que o vento passe primeiro pelas outras pessoas e então passe por você.
- Sopre a fumaça para cima e distante de outras pessoas, inclusive fumantes (a não ser que a outra pessoa declaradamente goste que você sopre nela!)
- Quando estiver segurando o cigarro, tome cuidado para que a fumaça dele não vá para o lado de alguém.
- Use um cinzeiro para apagar o cigarro. Não jogue em lixeira, ou prato, ou lata de cerveja vazia.
- Antes de acender, pergunte à outra pessoa se ela aceita um cigarro também, se ela não tiver ou não tiver pego o cigarro dela.
- Especialmente se você for homem, fique atento para acender o cigarro da outra pessoa.
- Peça permissão antes de acender um cigarro na casa ou no carro de alguém.


Lidando com outras pessoas

    Lidar com gente que é contra fumantes pode ser uma das coisas mais chatas e irritantes que existem. Mas na verdade você não tem que aceitar a encheção de saco ou sentir culpa por fumar. É algo que você faz porque quer, você aprecia, e a opinião dos outros não deve te aborrecer. Basta você respeitá-los, e mais cedo ou mais tarde eles vão parar de reclamar. Se não adiantar, aí você terá que explicar a eles por que você fuma. Talvez até tentar fazê-los experimentar também.


Situações sociais

    Já aconteceu de você estar com alguém ou numa festa, e alguém vir até você e pedir que você apague o cigarro? Acontece. Pode ser evitado se você seguir as regras básicas: perguntar antes ao dono da casa ou gerente do bar se pode fumar naquela área, por exemplo. Às vezes, só pelo fato de você perguntar, a pessoa pode lhe permitir que fume. E se acontecer algo como alguém vir reclamar, você vai poder apontar para a pessoa que lhe autorizou e dizer "ele(a) deixou". E se o ocorrido for na sua própria casa ou festa, você pode apontar a janela como serventia da casa!

    Se você estiver em uma casa onde o dono não queira que você fume, obedeça. Porém, se você for convidado(a) novamente, explique que você acha melhor não ir, se for incômodo para você ficar com vontade de fumar e não poder. De qualquer forma, sempre chame essa pessoa para ir a festas na sua casa ou em outro lugar onde você pode fumar. Isso vai fazer a pessoa repensar se a decisão dela não foi algo muito pessoal e egoísta, e de qualquer forma vocês se respeitaram e aceitaram o jeito de cada um.

Restaurantes e bares

    Em um restaurante, antes de mais nada certifique-se que está na área de fumantes. Se houver alguém muito incomodado, sentado perto da área dos fumantes, essa pessoa é que deve procurar um lugar mais distante. Mas se ela reclamar, antes de responder chame o garçom ou maitre, e diga que você está na área de fumantes, mas a outra pessoa está incomodada e eles poderiam fazer algo para deixá-la mais confortável, como mudar ela de lugar. Isso imediatamente tira a responsabilidade das suas costas e você evita um bate-boca. Você é que está no seu direito, nesse caso.

    Fumar em bares é bem mais comum e aceito, e por isso é mais raro aparecer algum "anti" enchendo o saco -- também, se o sujeito é tão preocupado com a saúde, por que ele está num bar e não numa academia? De qualquer maneira, neste tipo de ambiente a sua resposta dependerá de como a situação acontece. Se alguém chega perto de um lugar em que você já está fumando, você pode dizer que chegou primeiro e pronto. Se você chegou depois e alguém reclama, é você quem tem que pedir desculpas (mas não precisa apagar o cigarro) e procurar outro lugar. Se o lugar já estiver cheio de fumaça, o incomodado não tem nem do que reclamar.

Contra-atacando

    Os ativistas, militantes e faladores são os piores, mas se você quiser pode enfurecê-los com um protesto calmo e silencioso. Basta ignorá-los ou responder com ironia. Eis algumas respostas que são até engraçadas:

"Caramba, você fuma igual uma chaminé, hein?"
"Bem, eu fumo o quanto eu quero"

"Ei, você poderia parar de poluir meu ar?"
"Ô, desculpe. Eu achei que era o NOSSO ar."

"É tão feio uma mulher/um cara fumando"
"Tem gente que gosta..."

"Você não sabe o que está fazendo com os seus pulmões?"
"Sim, é por isso que eu faço muito exercício!"

"Você tá querendo se matar?"
"Eu não, eu tô é curtindo a vida. Quer tentar?"

(CREDITOS: http://artedefumar.tripod.com/etiqueta.html)

sábado, 28 de dezembro de 2013

Quem foi a Rainha de Sabá?



Mito ou verdade? Conheça um pouco sobre as lendas que rondam o nome da Rainha de Sabá, minha mulher/diva/puta/astuciosa/sedutora/inteligente/soberana/dama/poderosa Rainha e entenda o que faz desta personagem uma figura tão controversa.


A Rainha de Sabá possui significados e denominações diferentes para diversos povos do norte da África e do Oriente Médio. Os etíopes a chamam de Makeda, os muçulmanos a chamam de Balkis ou Bilkis e os romanos a chamavam de Nicaula. Mas o nome que ficou mais famoso na história veio em decorrência da denominação que o famoso rei Salomão, de Israel, a atribuiu, Rainha de Sabá. Mas, independentemente da diferença de nomeação, Torá, Bíblia e Alcorão concordam que ela foi uma soberana de significativa importância para o Reino de Sabá, que incluía os territórios da Etiópia e do Iêmen. Acredita-se, contudo, que ela tenha vivido no século X antes de Cristo.

A Torá relata que a Rainha de Sabá teria viajado cheia de presentes até o Rei Salomão  após ouvir histórias sobre ele. Ela tinha a intenção de testar sua sabedoria e acabou ficando maravilhada com o conhecimento do rei de Israel. Os etíopes afirmam que Salomão conquistou e engravidou a rainha nesse encontro. Dessa relação teria surgido a linhagem de imperadores do povo da Etiópia.

A Rainha de Sabá é a mãe da família imperial etíope. Sua relação com Salomão é detalhada em um importante texto da cultura daquele povo, o Kebra Negast. O filho do casal, Menelik I, foi o primeiro imperador da Etiópia.

No que tange a cultura medieval, a Rainha de Sabá  é personagem importante para uma das versões sobre a lendária Arca da Aliança. De acordo com o que é relatado também pela cultura etíope, na volta para casa, a Rainha de Sabá teria levado consigo a Arca da Aliança, que era protegida por Salomão em seu templo durante muitos anos. A lenda diz que a Arca da Aliança é a presença de Deus na Terra e que o responsável por protege-la possui muita prosperidade. De acordo com esta versão, o templo de Salomão teria ruído após a levada da Arca da Aliança e a presença desta no Império Etíope teria feito dele um dos maiores impérios do mundo durante vários anos, vencendo todas as guerras e os inimigos. Mas é importante ressaltar que esta é apenas uma das versões que sobre a lendária Arca da Aliança.

Para além dos relatos religiosos de diferentes orientações, pesquisas arqueológicas têm descoberto mais informações sobre a Rainha de Sabá. Apontamentos recentes baseados em escavações no Iêmen mostram que a Rainha de Sabá muito provavelmente teria sido a monarca da Arábia Meridional também. Há evidências de que a própria capital do Reino de Sabá era na região.

As aparências enganam

Após percorrer um longo trajeto de navio rumo ao reinado de Salomão, conta a lenda que a Rainha de Sabá teria ancorado em uma pequena ilha, onde, acompanhada por seu séqüito, foi saudada por oficiais da corte local, postados em duas filas que levavam à entrada do palácio. Enquanto caminhava em direção às portas, a Rainha deparou-se com um homem cuja elegância e nobreza não lhe deixaram dúvidas: estava defronte ao grande Rei Salomão. Entretanto, enquanto se ajoelhava em sinal de respeito e cortesia, foi humildemente avisada por aquele homem que, na verdade, ele próprio não passava de um simples oficial. A gafe, porém, não teria sequer deixado a Rainha sem jeito. Pelo contrário. O acontecimento logo a levaria à seguinte conclusão: "se um simples servo de Salomão é tão nobre assim, o rei deve ser verdadeiramente divino!".

Escrituras sagradas

Rainha do Meio Dia, Rainha do Sul, Makeda, Bilqs ou... Rainha de Sabá. Independentemente de qual seja o nome atribuído, o fato é que esta figura aparece mencionada nas escrituras sagradas do Cristianismo, do Judaísmo e do Islamismo, bem como na cultura laica. Embora as abordagens em cada uma dessas religiões tenham nuances distintas, pode-se dizer que a Rainha de Sabá é um dos poucos mitos da humanidade cujos acontecimentos e desdobramentos estão tão vinculados a questões religiosas – o que, talvez, tenha lhe conferido ainda mais veracidade e vivacidade. Vale lembrar ainda que, entre os árabes, a imagem de Bilqs é até hoje evocada pela cultura local. Já quanto aos etíopes, pode-se dizer que Makeda é considerada ponto de controvérsia político, tendo em vista que a família real local alega ser descendente do suposto filho gerado pela Rainha de Sabá com o Rei Salomão.

Dinastia Salomonica

Não se sabe, ao certo, se o relacionamento entre a Rainha de Sabá e o Rei Salomão resultou no nascimento de uma criança. Sabe-se, porém, que aqueles que acreditam piamente nesta possibilidade, conhecem até mesmo a identidade deste filho: Menelik, moço que teria assumido o trono com o título de “Rei dos Reis da Etiópia” e iniciado, assim, a Dinastia Salomonica. Esta dinastia governaria este país por três mil anos, que só se encerrariam com a subida do Imperador Haile Selassie, em 1974.